Já chegou a sua hora de planejar o budget para 2021?

Nesta época do ano, muitas empresas já começam a preparar
seus budgets (orçamentos) para o próximo ano. Atendendo a muitas empresas de todos os portes, participei e acompanhei de perto vários desses processos.

Em muitas empresas, essa é uma atividade desgastante e
traumática. Já vivi situações em que o budget da comunicação era cortado para zero. Restava apenas a linha de pagamento dos salários da equipe e com ressalvas.

Era preciso várias rodadas de negociação acontecerem até que
se conseguisse justificar os “gastos” da área. E na sua empresa como funciona
esse processo? A comunicação é vista como CAPEX ou OPEX?

Se essa é uma atividade difícil para você, preparamos algumas
dicas que podem te ajudar nesse processo:

1. Procure saber quais os reais objetivos da sua empresa
a curto, médio e longo prazos

Se você chegar a objetivos como aumentar vendas, lançar
produtos, incrementar participação de mercado, não se contente com essas respostas. Vá mais a fundo. Sua empresa só continuará existindo se estiver pensando em questões muito mais estratégicas do que essas. Quando a comunicação atua nessas questões estratégicas é que se torna relevante.

Não desista.

2. Embase seu orçamento com dados e fatos

Existe uma série de métodos que podem ajudar nessa tarefa.
São métodos que auxiliam na prospecção do futuro e fornecem informações vitais para a tomada de decisão. Não dá para prever o futuro, mas é possível avaliar cenários e traçar caminhos com informações mais assertivas.

Não sabe como fazer isso?

Muito provavelmente o planejamento estratégico da empresa levantou
essas informações. Existem no mercado profissionais especializados nessa atividade.

Procure ajuda.

E uma dica extra: no seu budget considere uma linha
para a prospecção de futuro da área de comunicação. Isso pode fazer muita diferença no próximo ano.

3. Argumente, argumente e argumente novamente

Não desista na primeira negociação. Quanto mais ferramentas
você utilizar para levantar dados e embasar seus argumentos para fundamentar o orçamento da área, mais chance de sucesso você terá nas rodadas de negociação.

Lembre sempre ao financeiro da sua empresa que a comunicação
tem papel de estratégico nas transformações que a companhia precisa fazer para atingir seus objetivos de negócios. Sem comunicação não há resultado. Comprove com dados e fatos.

4. É sempre bom lembrar…

Quem leva a empresa aos seus resultados são as pessoas. Se
as pessoas não estiverem engajadas, não há resultado. O engajamento só acontece com comunicação. A empresa vai mesmo comprometer os resultados reduzindo os investimentos no combustível que vai movimentá-la na direção das suas metas?

Boa sorte nas negociações.

Se precisar de ajuda, conte comigo.

Um bom planejamento é meio caminho andado para o sucesso na negociação do seu budget. 

#justificandoacomunicação

Tenho certeza de que muitos profissionais de comunicação ainda hoje precisam, algumas vezes ao dia, explicar a importância da comunicação para a empresa, principalmente na hora de discutir investimentos na área. Você passa ou já passou por isso?

Então veja esses seis argumentos que podem ajudar bastante nesses momentos:

1. Há novos caminhos para estabelecer conexões pelo mundo todo. Se não investirmos em comunicação ficaremos do lado de fora dessas conversas.

Quem está fora dessa dinâmica simplesmente está morto por desaparecimento.

É isso que a nossa empresa quer?

2. As pessoas até podem estar fisicamente em casa, no sofá. Mas virtualmente estão engajadas e vigilantes. Não tem mais como empurrar “a sujeira para baixo do tapete”.

3. O digital facilitou o encontro entre pessoas com interesses em comum.

A criação de grupos a favor ou contra determinados assuntos é quase instantânea. Você acha melhor lidarmos com grupos a favor ou contra a nossa empresa?

4. As pessoas tendem a priorizar a manutenção dos seus relacionamentos pela rede. Basta

ver o sucesso dos aplicativos de relacionamento. Vamos ignorar a realidade ou aprender com ela?

5. As relações estabelecidas por meio da internet tendem a ficar cada vez mais íntimas com o tempo. Não há como criar vínculos fora dessa dinâmica.

E prepare-se para o último argumento. É matador…

6. Os índices de divórcio têm crescido assustadoramente quando os casais são incapazes de ajustar suas necessidades emocionais na vida física, principalmente quando essas necessidades são resolvidas virtualmente.

Os argumentos são fortes. Use e abuse deles.   

Inspirado no livro Forecasting and Management of Tecnology, Alan T. Roper et al. (2011)

O modelo de comunicação integrada digital

Comunicação Integrada Digital

Sou um grande entusiasta dos modelos. Venho falando deles há algum tempo.

Profissionais de #comunicacaoorganizacional estão muito acostumados a resolver questões utilizando feeling, experiência, bom senso. E isso é muito bom. Os modelos só ajudam esse processo de tomada de decisão. Primeiro porque aumentam nosso repertório de soluções. Segundo porque já foram estudados e testados, nos poupando um bom tempo. Os modelos são ou não são válidos?

Para esta semana, selecionei um que tem tudo a ver com os nossos desafios mais atuais, o modelo de Comunicação Integrada Digital, desenvolvido pela Profa. Elizabeth Saad.

Antes uma curiosidade: o conceito da comunicação integrada foi criado em 1986! Antes mesmo do mundo digital. A profa. Margarida Kunsch já, naquela época, apresentava seu modelo para Comunicação Integrada.

O modelo da Profa. Saad considera três vertentes da comunicação integrada:

1. Institucional

2. Interna

3. Mercadológica

O modelo da comunicação integrada digital é dividido em cinco partes:

(1) a cultura da empresa e como se dá sua relação com a inovação e a tecnologia;

(2) o conhecimento profundo dos públicos estratégicos da empresa. É preciso conhecer quem são e quais são suas afinidades com o ambiente digital;

(3) clareza dos propósitos e das intenções das ações de comunicação digital;

(4) e (5) correspondem ao conteúdo das mensagens que podem ser específicas ou coletivas. Mas precisam ser formatadas quase que de forma personalizada.

Interatividade, troca e proximidade são a base do modelo. O conhecimento das pessoas com as quais pretendemos criar vínculos é condição número um para o sucesso do modelo. 

Você, como profissional de comunicação, conhece as pessoas com as quais sua empresa deseja criar vínculos? Sabe como conhecer e se aproximar dessas pessoas? Esse é um bom começo para adotar o modelo da Comunicação Integrada Digital.

Fonte: A gestão da comunicação organizacional na sociedade digitalizada: existem modelos em tempos de mídias sociais digitais? Bianca Marder Dreyer. Artigo do livro: Visibilidade e consumo da informação nas redes sociais

A confiança dos latino-americanos na comunicação das marcas

O meu propósito como consultor é contribuir com a geração de relações mais humanas e legítimas entre marcas e sociedade. Não apenas como discurso, mas com lastro em ações concretas.

Para isso é preciso muito trabalho e uma reinvenção do papel e da posição dos profissionais de comunicação nas organizações.

Para contribuir, compartilho alguns dados sobre a confiança dos latino-americanos na comunicação das marcas. Espero que ajude.

Propósito com lastro em ações concretas

Propósito com lastro em ações concretas

Falar em propósito de uma organização tem sido algo cada vez mais comum. Empresas colocam a palavra em suas declarações institucionais. Executivos usam o termo em suas manifestações. Agências divulgam “estratégias de criação de propósito” como uma grande solução de comunicação.

É responsabilidade dos profissionais de comunicação dar visibilidade ao propósito da sua organização. Assim como é seu dever garantir que o discurso tenha lastro em ações concretas de propósito.

E sabemos disso: recente estudo do Instituto Ipsos apontou que 83% dos 150 profissionais de comunicação pesquisados em 19 países concordam que muitas empresas utilizam a linguagem de causa social sem se comprometerem com mudanças reais.

Causas, ações de responsabilidade social ou ambiental são essenciais e devem ser promovidas pelas empresas. Mas como comunicadores, não podemos banalizar o uso do termo propósito. Propósito faz parte do coração do negócio e está diretamente engajado com a solução de problemas sociais, de fato, relevantes.

A imagem que ilustra esse breve comentário foi baseada em outro estudo do Ipsos que mostra os impactos do cenário de pandemia em nossa sociedade. É uma boa fonte de inspiração para se pensar em soluções para problemas que realmente afligem a nossa sociedade.

O nascimento de um propósito

Segundo a minha eterna coach e xará Sandra Pereira, nossa vida se divide em ciclos de sete anos. São ciclos que marcam crescimento, desenvolvimento e mudanças.

Foi no meu sétimo ciclo que uma luz amarela se acendeu. Comecei a questionar muitas coisas. Saí em busca de respostas e encontrei. Só que elas não eram fáceis, nem tampouco confortáveis, muito pelo contrário, me empurravam totalmente para fora da minha zona de conforto. Precisei de um tempo para organizar as ideias, para planejar e encontrar caminhos.

Sempre acreditei na comunicação. Mais do que profissão, trabalhar com comunicação era uma paixão. Mas essa paixão estava se apagando, muito devido à forma com que eu estava conduzindo minha carreira. Decidi estudar. Fiz uma pós-graduação, não foi o suficiente. Precisava de mais conhecimento. Voltei lá para os meus primórdios, para a universidade que me ajudou a ganhar o mundo. Entrei no Mestrado.

Curioso foi ouvir muitas perguntas do tipo: “mas você vai virar professor? Por que fazer Mestrado?” Como se ser professor fosse algo ruim. Sim, o Mestrado prepara você para uma carreira acadêmica, uma paixão recente que só cresce. Mas também ajuda a formar pesquisadores, cientistas, pessoas com uma elevada visão crítica e analítica. Eu me encontrei novamente.

Mas por que estou contando tudo isso?

Porque as reações e carinho que recebi ontem só comprovam as premissas da minha dissertação de Mestrado, que agora também se torna parte da minha vida profissional. Organizações, marcas, instituições são feitas de pessoas que buscam se relacionar com pessoas, portanto a comunicação é um fator humano. De pessoas para pessoas.

A GT ComRP nasceu com a missão de contribuir com esse processo de mudança e humanização das relações e da comunicação organizacional

E nascemos com ótimas parcerias. A Michele Medeiros que com sua super experiência de mercado e de consultoria será uma parceira de muito valor estratégico.

Muita coisa boa está saindo do forno.

Mais uma vez obrigado pelas reações tão positivas.

Então, desde já, vou abusar do fator humano, pedindo para compartilharem essa novidade com sua rede. Contem com a GT Com e comigo para compartilhar as boas notícias sobre vocês, afinal somos pessoas trocando experiências com outras pessoas.

Gerar valor e se diferenciar por meio da comunicação organizacional

Em fevereiro deste ano, a ABERJE publicou uma pesquisa realizada com comunicadores de diversas organizações brasileiras sobre “O que esperar da Comunicação Organizacional no Brasil em 2020”. Os profissionais apontaram como metas mais importantes para a área:

1. Atuar na produção e disseminação de conteúdo sobre o negócio em diversos canais (26%);

2. Contribuir para a venda de produtos e serviços (22%);

3. Diferenciar a marca da organização em relação à concorrência (18%).

Os resultados acima jogam luz a dois desafios que têm tirado o sono de muitos comunicadores: como gerar valor e se diferenciar por meio da comunicação? Se no cenário anterior à chegada da pandemia ao Brasil essa já era uma demanda latente, agora ela se torna vital. Mas será que estamos respondendo corretamente a esses desafios? Essa tem sido uma reflexão recorrente e comum a quem trabalha a comunicação das marcas em um cenário tão adverso e em constante transformação.

O lado positivo é que nunca houve tantas oportunidades para posicionarmos a comunicação de forma estratégia nas organizações. Há muito espaço para migrarmos definitivamente de uma posição funcionalista (a área que escreve o release ou prepara o jornalzinho dos funcionários) para ocupar uma cadeira na mesa de tomada de decisões estratégicas das organizações.

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Inspirado pelo livro Visibilidade e consumo da informação nas redes sociais, organizado pela Profa. Elizabeth Saad, podemos pensar em ganhar visibilidade, em um primeiro momento, como formas de atrair convergência de olhares para sua marca, seus conteúdos, ou suas realizações. Mas só isso não basta. É preciso fidelizar esses olhares. Aqui mora nosso maior desafio no papel de comunicadores.

Podemos lançar mão de vários recursos, como a produção de bons conteúdos, o investimento em mídia digital ou tradicional, estratégias com influenciadores e assim por diante. Todas essas alternativas são válidas e necessárias.

Mas antes de propor à organização uma ou mais dessas possibilidades, em um panorama tão adverso, é preciso voltar para o alicerce da comunicação, ou seja, a comunicação acontece entre pessoas:

  • Pessoas que não se contentam mais com o simples consumo de produtos ou serviços;
  • Pessoas que têm voz, basta um dispositivo conectado à internet;
  • Pessoas que fazem questão de atuar na sociedade;
  • Pessoas que buscam exprimir sua opinião;
  • Pessoas que participam ativamente da vida pública, manifestando-se sobre os problemas e dores da vida em sociedade.

Falar em visibilidade significa colocar as relações no centro das discussões estratégicas das empresas. O desafio do comunicador é obter licença para participar das conversas realmente relevantes. E isso só é possível com abertura ao diálogo, abordando temas que vão contribuir para solucionar dores e problemas desses grupos.

É nossa responsabilidade como comunicadores entender o que esses grupos estão demandando em termos amplos da vida em sociedade e, ao mesmo tempo, olhar para dentro das nossas organizações e avaliar como podemos participar da solução desses problemas de forma relevante. Esse exercício é indispensável para definirmos as estratégias de comunicação.

Portanto, antes de definirmos canais, o tipo de mídia a ser trabalhada e as mensagens-chave, precisamos assegurar que estamos a organização está participando de maneira ativa na solução dessas demandas. Essa coerência da prática aliada ao discurso dará insumos para que nós comunicadores possamos conquistar visibilidade e fidelização.

Essa postura nos coloca diante de uma oportunidade única para posicionarmos a comunicação como parte estratégica na geração de valor para as marcas e para a sociedade como um todo. Precisamos agarrá-la e fazer acontecer.

Números para uma gestão de marca mais atual. Contribuindo com o marketing e a comunicação organizacional

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